
Mulheres Registradoras – Entrevista com a registradora Helena Jacéa
10/03/2020 Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o IRTDPJBrasil entrevista Helena Jacéa Crispino Leite Borges, registradora do Cartório do 3º Ofício da Comarca de Russas, Ceará, e presidente da Anoreg/CE. Ela participa da série "Mulheres Registradoras"O que a motivou a seguir a carreira de registradora pública? Como faz para equilibrar os estudos constantes, as responsabilidades do cargo com a vida pessoal? Como contribuir no combate à violência contra a mulher?
Essas foram algumas das perguntas feitas para a nossa entrevistada, Helena Jacéa Crispino Leite Borges, que aceitou o convite para participar da campanha Mulheres Registradoras. Helena é Registradora do Cartório do 3º Ofício da Comarca de Russas, Ceará, e presidente da Anoreg/CE.
O que representa para você ser uma mulher que exerce uma função de direção, qual o motivo da escolha da função de registradora pública?
Representa algo que deveria ser comum na nossa sociedade, pela capacidade e habilidade que tem a mulher de despontar em tudo o que faz, quando conquista espaço para isso. Essa conquista de espaço exige esforço contínuo, determinação e persistência, para a quebra da barreira cultural alicerçada em preconceitos, que camufla o potencial da mulher.
O motivo da escolha advém da realização do sonho de contribuir eficazmente para garantir a prevenção de litígios e a manutenção paz social, e é isso o que faço no meu dia a dia como registradora pública.
Como você conduz sua vida pessoal diante de tanta responsabilidade como registradora pública ?
Minha vida pessoal é conduzida com o mesmo equilíbrio com que conduzo a minha vida profissional. Tenho o firme propósito de agir sempre de modo a dignificar a minha função, a minha família e a minha condição de mulher. Sou casada há 31 anos, mãe de duas advogadas e de um adolescente, adoro cultivar a minha autoestima e curtir a minha feminilidade.
E de que forma o Registro Público pode ajudar a combater a violência contra mulher que é um problema que vem crescendo no seu dia a dia chegando em muitos casos ao feminicídio ?
O registro público visa a prevenção de litígios e a manutenção paz social. Nesse raio de abrangência está inserido o combate a violência contra a mulher, que não é somente a física, mas especialmente a psicológica, que se traduz na imposição do pensamento, na manipulação da vontade, que desrespeita os direitos e fere a dignidade da mulher. O registro público atento à aplicação da norma jurídica, que limita a ação dos indivíduos e realiza o controle social, não admite essa violência contra a mulher e rejeita os negócios jurídicos realizados sem a sua livre expressão de vontade.
Fonte: Assessoria de Comunicação IRTDPJBrasil – Andréa Vieira
em 10/03/2020