
Mulheres Registradoras – Entrevista com Elisa Azevedo
07/03/2020 Entrevista com Elisa Azevedo, que aceitou o convite para participar da campanha Mulheres Registradoras. Elisa é oficial do 2º Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas de Curitiba, Paraná.
O que a motivou a seguir a carreira de registradora pública? Como faz para equilibrar os estudos constantes, as responsabilidades do cargo com a vida pessoal? Como contribuir no combate à violência contra a mulher?
Essas foram algumas das perguntas feitas para a nossa entrevistada Elisa Azevedo, que aceitou o convite para participar da campanha Mulheres Registradoras. Elisa é oficial do 2º Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas de Curitiba, Paraná.
Leia a entrevista:
O que representa para você ser uma mulher que exerce uma função de direção, qual o motivo da escolha da função de registradora pública?
Exercer a direção de uma serventia, sendo mulher, representa uma imensa satisfação profissional e um desafio diário!
Como mulher, exerço a direção da serventia, na qual estou à frente, da forma mais humanizada possível, tendo empatia com os colaboradores, sabendo ouvi-los, pois isso gera bons resultados. A sensibilidade da mulher faz a diferença na tomada de decisões.
Durante a graduação não tinha conhecimento do quão relevante é a atividade notarial e registral para a sociedade. Ao estudar para o concurso público, me deparei com a atividade e percebi que a carreira notarial e registral era muito interessante, pois poderia exercer o direito de um forma eficaz, com a rapidez que as pessoas esperam. Foi aí que me apaixonei pela atividade, sendo aprovada no 1º Concurso da Atividade Notarial e Registral do Paraná, entrando em exercício no ano de 2009.
Como você conduz sua vida pessoal diante de tanta responsabilidade como registradora pública?
Eu tive apoio familiar para crescer profissionalmente e me especializar, mas tenho consciência que nem todas as mulheres possuem essa oportunidade.
Penso ser totalmente compatível conciliar família e trabalho, eu tento separar as duas coisas, coloco foco no trabalho, organizo por prioridades para que nas horas de lazer eu possa estar com a família e realmente estar presente com os meus dois filhos.
E de que forma o Registro Público pode ajudar a combater a violência contra a mulher que é um problema que vem crescendo no seu dia a dia chegando em muitos casos ao feminicídio?
O Registro Público está presente em todos os municípios, temos que aproveitar essa aproximação com as pessoas, para tratarmos do tema “Violência contra as mulheres”, com campanhas de esclarecimentos e informações, advertindo que as mulheres não devem tolerar nenhum tipo de violência, seja física, moral, psicológica.
Certamente, a melhor forma de prevenção está na educação, com a formação de meninas e meninos baseada em equidade de gênero, sem discriminações.
Fonte: Assessoria de Comunicação IRTDPJBrasil – Andréa Vieira
em 07/03/2020