Mulheres Registradoras – Entrevista com Júlia Botelho Vidigal

06/03/2020 Julia Botelho Vidigal aceitou o convite para participar da campanha Mulheres Registradora. Registradora de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas de Patos de Minas/MG, Júlia também é 2ª Tesoureira do IRTDPJBrasil, onde também coordena a Comissão Estratégica de Inovação Tecnológica. 

O que a motivou a seguir a carreira de registradora pública? Como faz para equilibrar os estudos constantes, as reponsabilidades do cargo com a vida pessoal? Como contribuir no combate à violência contra a mulher? 

Essas foram algumas das perguntas feitas para a nossa entrevistada,  Julia Botelho Vidigal, que aceitou o convite para participar da campanha Mulheres Registradora. Registradora de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas de Patos de Minas/MG, Júlia também é 2ª Tesoureira do IRTDPJBrasil, onde também coordena a Comissão Estratégica de Inovação Tecnológica. 


O que representa para você ser uma mulher que exerce uma função de direção, qual o motivo da escolha da função de registradora pública?

Representa uma posição de responsabilidade, de desafios que crescem cada dia mais com as cobranças da sociedade e das políticas públicas. O motivo da escolha inicialmente pode ter sido usar meus conhecimentos para minha emancipação particular, mas isso tem muito mais relação ainda com a forma como sinto o mundo e desejo fazer diferença com o espaço que conquistei.

 

Como você conduz sua vida pessoal diante de tanta responsabilidade como registradora pública?

A vida pública do registrador sempre está intimamente ligada com sua vida pessoal. Preciso conduzir tudo no sentido de estar sempre informada, preparada para ser uma referência a todos que dependem de mim, meus colaboradores, clientes e o público em geral, para que a proteção jurídica que precisam, seja garantida. Gosto muito do que faço, tento conduzir tudo na medida do que está ao meu alcance, para que não perca a qualidade do meu trabalho, mas que nunca falte espaço para estudar, me atualizar, conviver intensamente com família e amigos.

E de que forma o Registro Público pode ajudar a combater a violência contra mulher, que é um problema que vem crescendo, chegando em muitos casos ao feminicídio?

O Registro Público é um lugar que goza de confiança. Essa confiança, que é a segurança e legitimidade daquilo que se pretende praticar, está intimamente ligada às necessidades da sociedade civil, que nos procura na tentativa de defender seus interesses. Tantos problemas sociais, tais como a violência contra a mulher, encontram seu espaço junto a nós e precisam da nossa atenção em especial. Abrir as portas do registro, informar e estar preparada para abraçar esta causa, pode fazer com que ela, cada vez mais, ganhe a devida atenção e os cuidados de que precisa. O RTD oferece importantes ferramentas: a notificações extrajudiciais e a possibilidade de registro de qualquer documento para sua conservação. Qualquer mulher que se encontre em situação de risco, deve procurar documentar e formalizar a ameaça, para se resguardar.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do IRTDPJBrasil / Andréa Vieira

Em 06/03/2020