Mulheres Registradores – Entrevista com Cristiana Cantídio

05/03/2020 Cristiana Cantídio aceitou o convite para participar da campanha Mulheres Registradoras. Cristiana é oficial do Registro Único de Lagoa Nova, Rio Grande do Norte.

 

O que a motivou a seguir a carreira de registradora pública? Como faz para equilibrar os estudos constantes, as reponsabilidades do cargo com a vida pessoal? Como contribuir no combate à violência contra a mulher?

Essas foram algumas das perguntas feitas para a nossa entrevistada Cristiana Cantídio, que aceitou o convite para participar da campanha Mulheres Registradoras. Cristiana é oficial do Registro Único de Lagoa Nova, Rio Grande do Norte.

 

O que representa para você ser uma mulher que exerce uma função de direção, qual o motivo da escolha da função de registradora pública?

Para mim, representa uma vitória diante de tantos obstáculos sociais que a mulher enfrenta, principalmente quando ocupa um lugar historicamente masculino. Sou uma entre tantas mulheres que mostram o quanto são capazes e que devem, sim, ocupar cargos de liderança. Minha escolha profissional foi norteada pela grande afinidade que tenho com a atividade de registro público.

 

Como você conduz sua vida pessoal diante de tanta responsabilidade como registradora pública?

Conduzo procurando sempre o equilíbrio. Sou apaixonada pelo que faço e mesmo que o trabalho exija muito do meu tempo, consigo administrar bem tanto o lado pessoal quanto o profissional. Como líder, tenho sob meu comando uma equipe competente, muito preparada e ética, que me permite delegar várias funções e assim posso desempenhar minhas atividades sem desperdício de tempo.

 

E de que forma o Registro Público pode ajudar a combater a violência contra mulher que é um problema que vem crescendo chegando em muitos casos ao feminicídio?

A grande causa da violência contra a mulher está no machismo estruturante da sociedade brasileira. Ainda temos um longo caminho para combater esse absurdo. Existem instrumentos de política pública no combate à violência doméstica e, se pensarmos com a mente bem aberta, o registro público é um deles, uma vez que ao registrar um documento, e torná-lo público, esse também se torna um mecanismo de defesa da mulher e garantia do exercício de seus direitos, seja por meio do registro da posse de imóveis, de contrato de relacionamento e tantos outros instrumentos.

 

Fonte: Assessoria de Comunciação do IRTDPJBrasil
Em 07/03/2020